sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vigilantes prometem protestar em frente à prefeitura

Eles protestam contra a demissão de cerca de dois mil vigilantes de duas empresas que prestavam serviço à Semed.


Membros da Associação Profissional dos Vigilantes do Estado do Amazonas prometem promover um protesto, às 9h de amanhã (8/07), em frente à Prefeitura de Manaus, localizada na avenida Brasil, Compensa, Zona Oeste. O motivo é a demissão de aproximadamente dois mil trabalhadores das empresas Visam (Vigilância e Segurança da Amazônia) e Serv San (Vigilância e Transporte de Valores Ltda), confirmadas no início da semana pelo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Valderli Bernardo.

Bernardo informou, no último dia 4, que a metade desses funcionários já cumpre aviso prévio e as demissões ocorrerão porque os contratos dos servidores com a prefeitura venceu. O presidente do CTB informou que no lugar de novas contratações, as 480 escolas da rede municipal nas quais os vigilantes atuam serão monitoradas por circuito interno de câmeras.

O ato público amanhã contará com o apoio das empresas Serv San e Visam. Segundo nota enviada à redação de acrítica.com, a entidade quer “mostrar ao prefeito (Amazonino Mendes) que as câmeras de segurança podem auxiliar os vigilantes, mas não devem retirar o emprego dos trabalhadores”.

Em nota, a categoria afirma que o principal argumento da prefeitura para as demissões é a “economia”. Contudo, eles justificam que, segundo cálculos da entidade, os gastos com o novo sistema chegarão a R$ 40 milhões, 11,1% a mais que os R$ 36 milhões aplicados na contratação dos vigilantes.



Prefeitura nega demissões

A secretária Municipal de Comunicação Celes Borges negou que a prefeitura esteja demitindo os vigilantes. Ela explicou que o contrato entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e as duas empresas (Visam e Serv San) terminou há poucas semanas e, por conta disso, a pasta sugeriu a renovação por mais seis meses, o que não foi aceito pela categoria.

Além disso, ela frisou que cerca de mil funcionários devem deixar o cargo, e não dois mil, e informou que o programa de instalação de câmeras nas escolas municipais contempla também a presença de um vigia em cada escola.

Celes informou que a empresa de vigilância Visam tinha dois contratos com a prefeitura, dos quais um deles não podia mais ser renovado porque tinha todos os prazos determinados por lei expirados e, sendo assim, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não permitiria tal renovação.

Ela não soube informar a situação da empresa Serv San, mas destacou que não renovar o contrato não foi uma decisão da prefeitura, e sim o cumprimento da Lei, que determina uma quantidade de renovações mesmo antes do processo e que não pode ser desobedecido.

O serviço de câmeras denominado Centro de Operação de Segurança Escolar (Cose) será instalado pela empresa IIN Tecnologi, vencedora do certame e a mesma a montar o Centro de Operações de Segurança (Ciops) em Manaus. Já a seleção dos vigilantes que atuarão no projeto ficará a cargo da Ádria Serviço. Ambas fazem parte do mesmo consórcio vencedor da licitação. A equipe de A Crítica tentou contato com o sub-secretário da Semed, Marcelo Henrique, para maiores esclarecimentos, mas não obteve sucesso.

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