terça-feira, 26 de abril de 2011

44 anos de zona franca


A Zona Franca de Manaus (ZFM) completa 44 anos com recordes históricos de produção, vendas e expansão do nível do emprego em meio aos desafios com as mudanças a serem adotadas pela nova política industrial que está sendo traçada para o País.

O Polo Industrial de Manaus (PIM) reúne, atualmente, 550 empresas e gera cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos no Amazonas e 1,5 milhão no restante do Brasil, segundo os dados da Suframa e responde por 98% da economia do Amazonas, sem provocar a devastação florestal.

Em Manaus, estão concentrados os maiores parques Eletroeletrônico e de Duas Rodas da América Latina, que contribuíram para o faturamento atingir um novo recorde no ano passado.

Concebida nos anos 50 e efetivamente criada uma década depois pelo Decreto Lei 288, de 28 de fevereiro de 1967, no período de crescimento econômico do País, a ZFM foi uma estratégia do então governo militar para garantir o desenvolvimento e a ocupação da Amazônia.

Com a globalização da economia e a abertura comercial do Brasil no começo dos anos 90, as barreiras para importação foram drasticamente reduzidas retirando a competitividade local. A produção em Manaus foi afetada e ocorreram demissões em massa.

Para enfrentar a forte concorrência as empresas do PIM investiram em processos produtivos melhorando a produtividade.

A adoção de mecanismos que garantiam a manutenção mínima de operações locais no processo de produção, o chamado Processo Produtivo Básico (PPB) ajudou a manutenção das vantagens da ZFM, aliada ao grande potencial de demanda do mercado brasileiro que, após sucessivas crises econômicas, começava a despontar.

A estabilidade econômica do Plano Real e as garantias jurídicas dos incentivos fiscais inseridas no texto Constitucional, as empresas ampliaram os investimentos na capacidade produtiva para atender ao mercado em expansão.

Atualmente, o PIM tem como principais investidores estrangeiros o Japão, com participação de 47,6%, os Estados Unidos, com 14,4%, os Países Baixos, com 10,1% e a Finlândia, com 7,9%, segundo os dados da Suframa.

O novo cenário de estabilidade econômica com o controle da inflação e uma política de crédito para incentivar o consumo e a produção, o País retomou o crescimento. Em resposta a essa demanda, o PIM ampliou a sua atividade.

De acordo com os dados da Suframa, as indústrias faturaram US$ 35,1 bilhões, em 2010, alta de 17% sobre 2008, até então ano de maior volume de vendas já registrado. Apesar da retomada, os empregos retraíram 3,2% em relação a 2008, com 103 mil postos na média mensal anual. Segundo os indicadores da Suframa, as empresas registraram faturamento 35,1% maior no ano passado e geraram 12,9% mais empregos em relação a 2009.

Dia Mundial em Memória ás Vitimas de Acidentes de Trabalho


O Brasil entre tantos títulos mundiais, amarga a tristeza do título de campeão mundial em vítimas de acidentes e doenças do trabalho. Este dia no Brasil, é em memória aos milhares de trabalhadores rurais mortos por intoxicação de agrotóxicos nas lavouras brasileiras, e também para centenas de trabalhadores canavieiros que morreram nos últimos anos devido ao ritmo excessivo de trabalho no corte da cana-de-açúcar. Dia 28 de abril, é o dia de lembrarmos os 32.730.445 (trinta e dois milhões setecentos e trinta mil e quatrocentos e quarenta e cinco acidentes de trabalho registrados no período do ano de 1970 a 2002 ocorrendo 130.755 (cento e trinta mil,setecentos e cinqüenta e cinco) mortes. Somente no ano de 2005 ocorreram cerca de 491.711 (quatrocentos e noventa e um mil, setecentos e onze) acidentes e também o crescimento das doenças e acidentes de trabalho entre jovens e mulheres.

28 de abril, também é dia de lembrar os mutilados das indústrias moveleiras, dos doentes por asbesto (mineral também conhecido por amianto, composto principalmente de silicato de cal e magnésio), dos milhares de lesionados pela LER (Lesão por esforços repetitivos) nos setores bancários e alimentícios. Enfim, um dia de reflexão e de preparação para ações na busca da redução dos acidentes e doenças profissionais no Brasil e no mundo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011


Projeto de lei quer o fim do 'sigilo eterno'
Documentos sigilosos de órgãos públicos e até Ditadura Militar poderão finalmente vir à tona com aprovação da Lei 41/10

Manaus, 23 de Abril de 2011

Rosiene CarvalhoVídeo
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Presidente Dilma já foi vítima da Ditadura Militar (Antonio Cruz/ABr)

O Brasil está prestes a dar um importante e histórico passo a caminho da consolidação da democracia: sancionar a lei que vai acabar com o sigilo eterno e regular o acesso público a informações de Estado. Num país livre da Ditadura Militar há 26 anos, os órgãos públicos brasileiros ainda trazem o peso do autoritarismo e mantém a cultura de esconder informações para evitar a exposição e repercussão pública, ferindo as liberdades de imprensa e expressão.

O projeto de Lei 41/10, que regulamenta o acesso à informação, já foi aprovado na Câmara Federal e em duas comissões do Senado. Se depender da base aliada do Governo Federal, deverá ser votado e aprovado nos próximos dias.

Liberdade
A ideia é que a presidente Dilma Rousseff (PT) sancione a lei no dia 3 de maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Atos dos governos da Ditadura Militar, relacionados a prisões, tortura e morte de várias pessoas, mantidos em sigilo de Estado , poderão finalmente vir à tona com a aprovação da Lei.

Composto por 47 artigos, a lei indica que documentos classificados como ultrassecretos reduzam o prazo de sigilo de 30 para 25 anos. A novidade é que não haverá mais a dilação eterna para que os brasileiros tenham acessos aos documentos. O limite determinado pela lei é de prorrogação por apenas mais 25 anos. A contagem do tempo para o final do prazo será a partir da data de produção do documento. O sigilo dos classificados como secretos será de 15 anos e o prazo dos documentos reservados será de cinco anos.

Para o professor do Núcleo de Política da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e antropólogo Ademir Ramos, a aprovação da lei representa a ruptura com a “sombra pesada” deixada pela Ditadura Militar. Ademir afirmou que apesar da definição de os documentos ultrassecretos ainda poderem contar com um prazo máximo de 50 anos para virem a se tornar públicos, a aprovação da lei é um avanço diante da história do País. “Claro que existem informações que são sigilosas, mas as regras para o acesso a elas, num País que vive um processo democrático, deveria ser completamente diferente das adotadas na ditadura”, afirmou.

O antropólogo afirma que restringir o acesso da população a documentos é negar a história e a identidade da nação. “Com acesso a estes documentos, a sociedade pode fazer uma releitura do seu passado e acertar o passo para o futuro. Até o vaticano abriu a ‘caixa-preta'. A aprovação da lei ajuda a mudar a cultura de 'esconder tudo'”, disse Ademir.

Acesso a todos
O presidente regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fábio Mendonça, afirma que a entidade acompanha e apoia a aprovação do PL 40/2010. Para ele, a democracia se consolida com a liberdade de expressão e de acesso a todos os atos de governo.

“Muita coisa é tratada de forma escondida nos governos, de modo geral, o que é ruim para a democracia. Tirar do sigilo documentos, da época da Ditadura Militar, por exemplo, é uma forma de compensar todas as atrocidades que ocorreram neste período”, afirmou o advogado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ato pela vida


A violência está em toda a parte e pode ocorrer em qualquer lugar do mundo. Mas, há alguns tipos de violência que são características comuns em alguns países e, praticamente, inexistem em outros. O massacre de jovens no ambiente escolar ou em outras áreas pública faz parte da cultura norte-americana, sendo o mais recente, um que atingiu uma senadora. No Brasil, houve um ato tresloucado registrado em um cinema de São Paulo. Mas, regra geral, esse tipo de episódio não é comum em nosso país.
Por isso, o massacre registrado na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, vitimando 10 crianças (9 meninas e 1 menino, entre 12 e 14 anos), além do atirador, além de 18 feridos, alguns em estado grave, deve ser objeto de reflexão por todos os cidadãos. Nós que caminhamos para ser a quinta maior economia do mundo, estamos marchando mesmo no rumo certo?
Será que o conforto do "colchão de molas", como descrevia o escritor Norman Mailer, referindo-se à sociedade norte-americana, da qual foi um dos mais contundentes críticos, ao tomar o lugar do "colchão de crina", está nos conduzindo para um caminho de "violência sem freios"? Mailer - ele mesmo que esfaqueou uma ex-mulher - dizia que a "violência" é tão comum nos Estados Unidos como a "torta de maçã".
E será que nós brasileiros, também, estamos criando a nossa "torta de maçã", quando vemos com naturalidade o "massacre" anual de milhares de jovens, pelos mais diversos motivos, um deles, e o mais perverso, o de pertencerem ao mundo da criminalidade ou serem acusados de a ele pertencerem.
Há quem fale na necessidade de se aumentar a segurança das escolas. Outros recomendam a adoção da disciplina de segurança pública no currículo. Para alguns, é preciso se criar equipes de supervisão, com a presença de médicos, psicólogos e assistentes sociais. Sugestões são muitas.
Em 1968, em 28 de março, o estudante Edson Luís foi morto durante um confronto com a polícia, nas imediações do antigo refeitório do Calabouço, no Centro do Rio. Eram anos de trevas em que o país vivia longe da democracia. No dia seguinte, o Jornal dos Sports estampava a manchete: "E se fosse o seu filho?"
No Estado democrático é preciso que a sociedade encontre mecanismo para que não aceitemos a violência como algo comum como "a torta de maçã". E o instrumento efetivo para a melhoria desse quadro é a escola, mas também a família, a igreja, os meios de comunicação e todos que sonham com uma vida melhor. O massacre em Realengo pode ser visto como um fato isolado. Mas também pode ser a sinalização sobre o caminho que estamos seguindo. E nesse caminho é cada vez mais pertinente a pergunta: "e se fosse o nosso filho?"

Venha participar no Ato publico em favor da Vida:

Manaus-Rio SOLIDARIEDADE Participe deste momento de união do povo brasileiro em defesa da PAZ e de solidariedade a comunidade escolar e as famílias enlutadas pela chacina ocorrida na escola municipal Tasso da Silveira no estado do Rio de Janeiro
Dia 14 de abril de 2011
Local : Praça do Congresso
Hora : 16:00 hs

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Copa 2014 deve gerar 50 mil empregos


Copa de 2014

Pelo menos 50 mil profissionais da segurança privada devem ser escalados para o esquema de segurança da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014. De acordo com o regulamento da FIFA, os estádios das cidades-sedes, onde os jogos acontecerão, precisam ter uma equipe na qual as seguranças pública e privada estejam integradas.

Em cada estádio, aproximadamente três mil vigilantes, devidamente cadastrados na Polícia Federal, devem ficar responsáveis pela segurança no complexo interno das arenas (tendas de patrocinadores, área de circulação de pessoas, estacionamentos e catracas).

De acordo com a Coordenação Geral de Controle da Segurança Privada da PF, será criado um curso específico para capacitar vigilantes, supervisores e gestores que desejarem trabalhar no Mundial - Curso de Extensão em Grandes Eventos, que será oferecido pelas escolas de formação de vigilantes.

“A Polícia Federal tem se articulado com o Comitê Organizador e as entidades do setor para montar um esquema eficiente, aproveitando a mão de obra regularizada junto à PF, para que a segurança no Mundial seja especializada e não improvisada, como ocorreu na África do Sul”, revela o presidente do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo), José Adir Loiola.

Atualmente, há um exército de quase dois milhões de vigilantes cadastrados na Polícia Federal. Apenas um quarto deste contingente, no entanto, é absorvido pelo mercado de trabalho. Para a Copa 2014, além dos empregos diretos, estima-se a criação de milhares de empregos indiretos no setor, já que haverá demanda de vigilantes em hotéis, escoltas, transporte de valores, entre outros serviços.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

UBM organiza 8ª edição do seu congresso nacional

Com expectativa e alegria, a União Brasileira de Mulheres (UBM), divulga o Regimento Interno do seu VIII Congresso Nacional da Entidade, que ocorrerá nos dias 10, 11 e 12 de junho, na cidade de Praia Grande (São Paulo). “A participação política da mulher e o desenvolvimento do Brasil’ é o tema do congresso. A partir dele, as ativistas da UBM de todo o país vão com temáticas da luta feminista que têm de estar na pauta do congresso nacional.

Os principais objetivos do VIII Congresso Nacional da UBM são a eleição da nova direção da entidade para o triênio 2011 a 2014 e a efetivação do plano de ação para fazer avançar as metas definidas pela entidade. Também será discutido os desafios das mulheres no enfrentamento das desigualdades sociais, na participação política e o novo projeto nacional de desenvolvimento, na luta pela valorização do trabalho, nos direitos sexuais e reprodutivos, na luta contra a violência doméstica e familiar contra as mulheres, na reforma urbana e meio ambiente, na questão da cultura e na mídia, bem como as estratégias de luta e a importância da sua organização.

Para a coordenadora nacional da UBM, Elza Maria Campos, este VIII Congresso é o coroamento da trajetória de quase 23 anos da entidade na luta contra as desigualdades de gênero, na defesa das políticas públicas e na construção da corrente emancipacionista. “É um marco na efetiva busca pela ampliação dos espaços de poder em todas as organizações da sociedade, na denúncia da violência de gênero, pelos direitos sexuais e reprodutivos e, particularmente, pela garantia do trabalho como ferramenta central para a autonomia econômica da mulher”, destacou Elza.

Segundo Elza, o congresso se realiza em um momento particular e fundamental da vida do país, sobretudo, pela eleição da primeira mulher presidenta do Brasil. Mas também porque duas décadas das lutas históricas da UBM para construir um Brasil com justiça social, democracia e liberdade.

Mulher e Desenvolvimento do Brasil - A temática central do VIII Congresso será a Participação Política da Mulher e o Novo Projeto nacional de Desenvolvimento, e terá como subtemas: Trabalho e Autonomia Econômica, Educação Inclusiva, Não Sexista, não homofóbica, Cultura e Mídia, Reforma Urbana e Meio Ambiente e A luta contra a violência Doméstica e Familiar. Antes da realização do congresso nacional, as coordenadorias estaduais da UBM farão encontros, plenárias e/ou Congressos Estaduais, para debater o regimento do evento. As atividades serão divulgadas aqui no site da UBM.

O evento acontece nos dias 10, 11 e 12 de junho, na cidade de Praia Grande (São Paulo). As ubemistas ficarão alojadas na Colônia de Férias dos Têxteis, que comporta 290 lugares, e também nos Metalúrgicos (200 lugares).