quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dieese aponta aumento do valor da cesta básica no país


Segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica apresentou aumento no mês de março, em comparação a fevereiro. Conforme a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, essa elevação foi apontada nas 17 capitais pesquisadas.
A alta mais expressiva foi observada na cidade de São Paulo (10,49%) seguido por Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9,00%).
A pesquisa que o Dieese realiza mensalmente, nas principais capitais do país, serve de parâmetro para a entidade calcular o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família como: alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Neste mês, segundo o Dieese, o menor salário mínimo pago no país deveria ficar em R$2.159,65 ou seja, 4,23 vezes o valor do mínimo vigente de R$ 510,00.

O clima

Essa variação no preço dos alimentos básicos, ainda é conseqüência do período de fortes chuvas que castigou, principalmente, o sul e sudeste do país, o que atrasou o plantio e reduziu a área de cultivo.
O vilão da história novamente foi o tomate, que impulsionou a alta dos preços em todas as capitais, contudo o leite e o feijão também sofreram reajustes em 12 capitais.

Salário mínimo necessário

A pesquisa também apontou que essa forte alta no custo da cesta básica fez crescer o total de horas trabalhadas para o trabalhador, que recebe um mínimo, possa adquirir seus alimentos básicos. Em março, essa jornada chegou a 94 horas e 38 minutos, enquanto em fevereiro essa jornada foi de 88 horas e 52 minutos.
É evidente que o valor do salário mínimo pago atualmente não cumpre com seu objetivo constitucional, que é o de suprir com as despesas do trabalhador. A CTB que defende, incansavelmente, a bandeira da valorização do salário mínimo reforça que para ampliar os direitos da classe trabalhadora, é preciso que a sociedade esteja unida em prol da classe.

Por: Fábio Rogério Ramalho – Portal CTB

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