quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Arthur Virgílio Neto lança outro ataque aos direitos humanos


15 Fev 2010

O senador Arthur Virgílio Neto (PSDB) demonstrou, semana passada, que os direitos humanos definitivamente não estão contemplados na plataforma política da direita. Após diversos ataques ao avançado Programa Nacional de Direitos Humanos III do governo federal, o líder dos tucanos no senado foi um dos responsáveis para que a PLC 122/06, que criminaliza a prática da homofobia, fosse vetada na Casa.
Com a derrubada desse projeto freia-se o avanço no acúmulo de opinião sobre atitudes que embora reprováveis ainda não são consideradas ilegais. A punhalada na PLC 122 engaveta não apenas pedaços de papéis com determinada redação, mas sim o anseio de milhares de pessoas que diariamente sofrem na pele por conta de práticas discriminatórias contra o segmento GLBT.

A manifestação do tucano amazonense a favor da homofobia revela, por outro lado, o quanto o grupo político para o qual empresta sua voz é retrógrado. Enquanto a sociedade avança na aceitação das diferenças, a oposição DEM-PSDB ainda busca criar uma uniformidade social que daria inveja a Hitler e sua tentativa de emplacar um país ariano.

Métodos à parte, o anseio conservador se manifesta com a mesma intensidade. Tanto que a direita e seus aliados midiáticos não pouparam ataques ao mais recente programa de direitos humanos do governo Lula. Afinal, ali estão previstas inúmeras conquistas que até bem pouco tempo eram apenas sonhadas pela sociedade civil organizada.

Além do combate à homofobia, estão inclusos no programa medidas contra o abuso da imprensa e a instalação da Comissão da Verdade, para investigar os crimes praticados pelo Estado contra centenas de pessoas que insurgiam-se contra as arbitrariedades da Ditadura Militar. Algo que também recebe o repúdio de Arthur, mesmo sendo ele filho de um senador que teve seus direitos políticos cassados pelos militares.

De Manaus,
Anderson Bahia

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